Cuidado! Tem gente boicotando a sua grande ideia! (Passo 09 – da série Planejamento Criativo)

Sabe quando aquela sua ideia incrível bate na trave? O primeiro pensamento pode ser que é porque a ideia não era tão incrível assim. A euforia, estudos e tempo investido nela se resumem rapidamente a um único sentimento: frustração.
No trabalho de planejamento a ideia pode bater na trave mais facilmente, pois envolve estratégias, insights, e não necessariamente uma criação pronta, algo extremamente visual.
Já vivenciei situações que poderiam realmente me fazer desistir de seguir nessa área. Uma ideia apresentada foi “reprovada” e simplesmente foi usada e desenvolvida por uma empresa concorrente. Ou seja, a realidade o planejamento foi aprovado, só não fui comunicada nem paga por isso.
Outra situação é quando a ideia foi reprovada realmente. Aí cabe ao profissional deixar o mimimi de lado, arregaçar as mangas e ver o que está ao seu alcance fazer. Vale testar algumas alternativas:
- Analise profundamente a ideia. As considerações do cliente (ou seu chefe talvez) fazem algum sentido? Ou você está tão apegado à ideia que é incapaz de alterar qualquer detalhe dela? Tente diagnosticar isso antes de partir para os próximos passos.
- Peça opinião de profissionais e pessoas da sua confiança (e que entendam do negócio). Sua ideia está passando no aval deles? É um bom sinal.
- Valide sua ideia. Apresente bem suas pesquisas (se possível, filme reação das pessoas ao ver um protótipo ou um resumo da ideia). A reação das pessoas pode convencer seu cliente que ele estava errado. Importante também usar cases, referências, o que marcas bacanas estão fazendo por aí.
- Você poderia investir/produzir a ideia sem o seu cliente? Sim, isso parece um pouco ousado. Mas você pode pensar em novos parceiros para colocar a ideia em prática. Fazer um projeto piloto e apresentar a ideia da forma mais palpável pode ajudar a ela a se vender.
- Tenha um não como uma motivação. Já transformei ideias negadas para clientes em projetos que se tornaram algo muito maior e com mais liberdade. Uma vez que não precisava se adequar à ideia do cliente em questão, e o projeto virou meu, o desafio era como monetizá-lo. Conseguindo encontrar o formato, patrocinadores da ideia e empresas afins com o tema, o projeto se tornou algo muito maior (e melhor).
E o que isso tem a ver com planejamento criativo?
Afinal, essa realidade é verdadeira para empreendedores, designers, arquitetos, ou qualquer área que exija ideias e investidores/clientes/chefes. Mas é também uma realidade bastante comum a profissionais responsáveis por gerar insights para campanhas. Um bom exemplo é da clássica campanha da Dove “Retratos da Beleza Real”. Essa que foi considerada pelo Adversiting Age a melhor campanha do século, foi reprovada pelo cliente quando viu a proposta: “Vocês querem dizer aos meus clientes que eles já são bonitos? Nós vendemos um produto de beleza, se eles já são bonitos, por que é que precisa de nós?”
Mesmo com a ideia recusada, a agência decidiu criar um vídeo para mostrar o potencial da campanha. O resultado está aí para todo mundo ver.
Estudo marketing a quase dois anos e no momento estou muito insegura com relação a minha carreira, gosto muito do meu curso, mas não sei se vou ser feliz profissionalmente.Há uma solução? Gosto muito do conteúdo do site sempre procuro informações para aprimorar meus estudos.
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Renata Reply:
setembro 24th, 2015 at 0:43
Você já teve oportunidade de trabalhar na área? Algum estágio, ou se envolver em algum projeto da sua área? Muitas vezes o estudo deixa dúvidas mesmo… você vai sentir se será feliz profissionalmente quando conseguir colocar a mão na massa! E paciência, pois todo trabalho tem períodos de altos e baixos…
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