Periscope vs. Meerkat, Facebook vs. Twitter e o poder do compartilhamento

A “luta do século” teve um vencedor não tão conhecido na bolsa de apostas. O nome?
Periscope e em menor quantidade, o Meerkat.
And the winner is… @periscopeco
— dick costolo (@dickc) 3 maio 2015
(Para quem não sabe, Periscope e Meerkat são apps de livestreaming, e como o próprio Meerkat diz, a forma mais rápida e fácil de fazê-lo).
É, na noite da luta, milhares de pessoas acompanharam a luta através das transmissões disponibilizadas por outros centenas de usuários (inclusive, assinantes que tiveram problemas com a transmissão tiveram que apelar para os apps). E não foi a primeira vez, e definitivamente, não será a última. Pra que só tweetar um momento se eu posso mostrar ele e ainda assim, fazer meus comentários? E voltando um pouquinho no tempo, a “Mídia Ninja” deixou muito claro o poder do compartilhamento e do próprio livestream nas manifestações.
Mobile Vs. Desktop
Sim, essa história é velha. Mas é visível como temos mais um campo onde mobile se “infiltra” perfeitamente e rouba a cena. No final do ano passado, 1 a cada 3 vídeos do youtube eram vistos via mobile. No meu último artigo, falei sobre como o Facebook já prevendo o próximo “boom” de vídeos está lançando várias iniciativas, assim como previu o “boom” das imagens (que hoje é o conteúdo mais visto por lá) e nada mais que 4 bilhões – você não leu errado, BILHÕES! – de videos são vistos diariamente.
Twitter Vs. Facebook
Mas é claro que não poderia faltar. Após a aquisição do Periscope pelo Twitter, ele deu um passo a frente do Meerkat. Numa jogada estratégica, o Twitter bloqueou algumas integrações com sua API (que eram usadas pelo concorrente) e claro, conseguiu atrair mais usuários. Ok, e onde o Facebook entra? Instagram, Whatsapp, Messenger.
O Messenger segue se fortalecendo como uma plataforma, e já anunciou o suporte a video chamadas também. E “integrar” o Meerkat faria todo sentido nas outras plataformas também, além de trazer uma boa parte de usuários compartilhando qualquer coisa na rede social do Mark, e não na rede do passarinho.
E o dinheiro?
A forma como esses apps vão monetizar ainda não é clara, mas baseado nos últimos acontecimentos e eventos é possível pensar em algumas coisas. Em um mundo cada vez mais mobile, lançamentos mobile-first fazem todo sentido, até porque, os phablets são cada vez mais utilizados (vide o sucesso do iPhone 6 e 6 plus), então, assistir um episódio exclusivo daquela série favorita em primeira mão (literalmente, em uma mão) ou mesmo uma luta, não é tão ruim assim.