Twitter: Sua contribuição, costumes e herança

Observando alguns materiais de pesquisa, identifiquei um trecho muito interessante do livro “Redes Sociais Digitais – a Cognição Conectiva do Twitter”, de Lucia Santaella e Renata Lemos, que diz o seguinte:
“O Twitter nasce como uma resposta ao desafio da mobilidade, desenvolvendo funcionalidade apta a promover eficientemente a interatividade móvel. A intenção inicial não podia prever como um pequeno avanço na interface tecnológica iria trazer uma completa mudança de linguagem, mas foi isso que aconteceu”.
Essa rede social ganhou destaque dentro do ambiente online por causa da interação entre pessoas e organizações em tempo real. Ainda de acordo com as pesquisadoras, o Twitter possui uma dinâmica semelhante com a interação social, fazendo com que as funcionalidades desse ambiente permitam que uma ideia possa ser reproduzida de forma instantânea.
Para Gail Z. Martin, se o perfil desenvolver uma reputação de fornecer um conteúdo relevante, os seguidores estarão sempre checando seus posts e esperando o próximo tweet. Outro ponto fundamental é que também a quantidade de seguidores nem sempre é melhor.
Facilmente encontramos empresas e pessoas famosas com um número exorbitante de seguidores. Para empresas, o ideal são seguidores qualificados, não números que não refletem em consumidores, clientes reais. Afinal, um dos objetivos é conseguir clientes em potencial.
Como conseguir atenção em meio a tanta informação?
Gerar conteúdo para as redes sociais requer muita atenção, uma vez que será dessa forma que a empresa será mais uma vez referência de seu cliente já conquistado e passará a ganhar outros em perspectiva.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Social Bakers com 11 mil tuítes de marcas globais, a cada novo tuíte postado, menor será a interação com a sua conta. Para chegar a essa conclusão foi observada a Taxa de Engajamento, que se refere a todos os retuítes, respostas e marcações como favorito.
Imagino que você deve estar se perguntando: Então tem um limite de tuítes por dia? Bem, o estudo mostra que o primeiro tuíte chama a atenção de 8% dos seguidores; o segundo 6%. O 10º tuíte não alcança nem 2% da audiência.
O que fazer? Veja seu planejamento de comunicação e se precisar adapte para a realidade do seu cliente. Lembre-se que além de ser um espaço para conversas, a empresa pode transformar seu conteúdo em possíveis negociações, uma vez que, segundo Conrado Adolpho, esse diálogo aproxima o cliente dos canais de vendas.
Através deste cenário, as empresas podem e devem usar as redes sociais para tornar o relacionamento com seu público mais próximo e acessível. Muito além de transformar o perfil em um Sac 2.0, os gestores de conteúdo precisam analisar o objetivo de estar no Twitter, planejar como a marca vai se comportar e se comunicar, uma vez que isso fortalece o relacionamento com os consumidores.
A herança do Twitter
Mesmo muitas pesquisas apontando a queda de usuários do Twitter, não podemos nos esquecer da colaboração que essa rede social trouxe para o Marketing Digital. Por causa dela, outras incluíram o uso de hashtags, que acontece quando empregamos o símbolo “#” na frente de palavras-chave para que possam ser encontradas no sistema de busca da rede social.
#É #bom #usar #muitas #hashtags? Claro que não. O aconselhado é usar no máximo três. Marcas que abusam em busca de views e cliques acabam comprometendo sua imagem nas redes sociais. Emplacar uma campanha com uma hashtag que agregue valor à empresa é uma conquista que não deve se tornar em uma briga por likes.
Lembre-se: A hashtag utilizada no conteúdo postado precisa de fato contribuir com alguma discussão iniciada. Não custa nada pesquisá-la e ver seu potencial de uso.
Outra coisa… mesmo este hábito se expandindo para outras redes, nenhuma é igual a outra. A que funciona no Instagram, pode não funcionar no Twitter e nem no Facebook.
Mais uma vez… atenção para a estética do post. Isso fala muito sobre o comportamento da marca nas redes.
Excelente Alison! Você conseguiu colocar novas perspectivas em um assunto já bem discutido, aprendi boas lições! Parabéns pelo artigo, abraços!
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Alison V. Marques Reply:
julho 23rd, 2013 at 15:53
Obrigado pelo comentário, Paulo. Isso estimula muito a produção de novos artigos!
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