Muitos filmes de desenho animado têm algumas lições importantes e que podem nos fazer refletir sobre algum aspecto da nossa vida. Assistindo o filme “Monstros S.A.”, percebi e percebo a necessidade de darmos atenção ao processo de mudança, praticamente inevitável nos dias atuais.
Sully é o personagem central do filme e era o melhor em assustar as crianças. Seu trabalho visava recolher energia (através dos sustos) para alimentar a cidade onde morava, a “monstrópole”, e assim manter o equilíbrio da sociedade dos monstros. No decorrer da trama descobre que é melhor fazer as crianças (os “clientes”) darem risadas ao invés de assustá-las, pois “gerava” mais energia para alimentar a cidade.
A descoberta de Sully para produzir mais resultados foi meio acidental, o que nem sempre ocorre num ambiente dinâmico como os das empresas. Os resultados são cada vez mais cobrados e as mudanças acabam fazendo parte da rotina, uma vez que fornecedores, concorrentes, governos, tecnologia… e os próprios clientes estão afetando as relações de mercado. Se antes nós tínhamos uma economia estável – onde predominava o monopólio -, hoje a instabilidade é uma variável sempre presente e influente especialmente sobre a sobrevivência de quem está no mercado. Deixamos de ter relações unilaterais para ter relações bilaterais, quando não multilaterais, e as práticas empresariais estão cada vez mais sendo observadas: são fatos que afetam quem está no mercado e quem deseja entrar.
Assim como Sully mudou de tática na hora de executar o seu trabalho, é imperativo que os lideres percebam quando é preciso mudar. A lendária afirmação “em time que está ganhando não se mexe” se tornou obsoleta – e perigosa – há bastante tempo.
Falando especialmente do Brasil, e do momento singular que vive a economia, a entrada de mão-de-obra e investimentos estrangeiros provoca um rebuliço sem fim – seja em empresas ou em profissionais. Não adianta chorar ou acreditar que sua zona (de conforto, claro) é suficiente para a garantia de conquistas.
A atual situação brasileira favorece imensamente as mudanças e a inovação, aspectos tão importantes para a competitividade. Vão existir empresas da moda (assim como a música de Michel Teló); vão existir aquelas que até fazem sucesso por um tempo, mas que perdem o bonde do sucesso por não se manterem abertas e flexíveis; e também vão existir aquelas que entendem o que deu certo (passado), planejam as estratégias do agora (presente) visando o amanhã (futuro), em ciclos de reinvenção.
“A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.” – John Kennedy

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1 comment
Alex Gonçalves says:
maio 7, 2014
Gostei demais da analogia. De fato a maioria dos filmes infantis trazem uma grande lição para os adultos. Mudar não é ruim se não perdermos a essência, que deve ser a vontade de crescer e fazer o bem. Parabéns pelas colocações. O povo, em especial os brasileiros, precisam aprender que as estratégias não devem ser as mesmas para tudo. Fomos criados para estar em movimento, essa é a dinâmica com crescimento. Um abraço
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